quinta-feira, 10 de junho de 2010

What would Jesus do?

Alguns princípios de Jesus...

Sobre o amor:

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12,31).

Não dá para amar ao próximo se se você não se amar primeiro, afinal como cuidar do próximo sem saber cuidar de si? Cuidar de você significa buscar seus interesses, conhecer suas potencialidades, cuidar da sua aparência, do seu emocional, da sua saúde etc. Vejo muitas pessoas que só cuidam de outras pessoas e acabam esquecendo de si mesmas, pois, quem só tem tempo para o outro não pode ter tempo para si, e não é uma vida assim que Deus espera que as pessoas tenham, olhar para si mesmo não é ser egoísta, se amar não é errado.

Amar ao próximo é algo mais complicado, como podemos amar o diferente de nós? É natural no ser humano rejeitar o diferente. Procuramos viver numa massa homogênia de pessoas, como acontece dentro das igrejas onde não pode existir o diferente, pois, ele pode ser “ameaça” a santidade de outros. Vejo que Jesus não ensinou isso, pois em boa parte de sua jornada, viveu no meio de pecadores ou pessoas excluídas da sociedade e não apenas próximos aos “santos”. Ele conseguia ficar no meio de “maças podres” e não tinha medo de se contaminar pois tinha certeza de suas convicções. Apesar que não vejo Jesus considerar pessoas como maças podres, até porque ele sabia que todo humano tem o mesmo potencial de errar.Jesus sabia suspenser seus próprios valores para entender o outro, ele sabia respeitar a opinião alheia sem violentar pessoas a compreender só o ponto de vista dele. Ele não repudiava as pessoas por serem diferentes e sim acolhia, entendia e acima de tudo deixava as pessoas a vontade para compreender seu ponto de vista, afinal não somos donos da verdade.

Sobre Julgar ao próximo:

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz” (Tiago 4:11).

Quando julgamos ao próximo poderíamos olhar para nós mesmos com o mesmo peso, mas não é isso que geralmente acontece. Além disso se julgamos damos a liberdade de outras pessoas nos julgarem também. Isso acontece muito dentro da igreja. Pessoas que muitas vezes se escondem embaixo de uma mascara de hipocrisia, ficam chocadas com o pecado de outras, não conseguem olhar para a própria vida, ver que pecam tanto quanto aquelas e muitas vezes até pior. Muitas pessoas escondem os pecados, com isso, são vistas como santas perto de outras pessoas que não possuem a habilidade de esconder, os desviados. Jesus sabia que todas as pessoas tinham potencialidades ruins dentro de si, por isso não se chocava com o pecado. As pessoas poderiam se focar na sua própria vida, sua própria podridão afinal: quem cuida muito da vida do outro não consegue cuidar da própria vida. Parar de olhar para a dos outros, afinal é muito cômodo ver problemas nos outros mas ver seus próprios é angustiante. Cada um sabe do seu próprio coração e pode ter certeza que só Jesus sabe do coração de cada um.

Sobre a Língua:

“Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus: de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. (Tiago 3:5-10).

Tudo que falamos tem poder, tanto para o bem quanto para o mal. As palavras muitas vezes causam mais estragos de que violência física.

Quando falamos de mal de alguém não nos damos conta do mal que isso pode trazer, a destruição que isso causa. É mais produtivo quando temos um problema com alguém falarmos com a pessoa, pois, falar por trás para mim significa traição e só traz consequências ruins, tanto para o alvo quanto para o fofoqueiro.

Vejo que existem muitas pessoas que gostam de fofocar sobre a vida de outras pessoas e para mim não existe pior veneno. A fofoca é um visão parcial de uma situação. Como podemos acreditar numa coisa que ouvimos e mal sabemos a procedência? Não sabemos a realidade através de uma fofoca, muito pelo contrário, a fofoca vem carregada de enganos, maldades, mentiras e distorções.

Saber filtrar o que ouvimos de outras pessoas é um passo sensato. Somente ouvindo todos os lados das próprias pessoas envolvidas estaremos um pouco mais próximos da verdade. Fofocar significa intrigar, fazer acusações falsas e até caluniar. Procuramos negar e esconder este fenômeno quando dele somos vítimas porque sentimos vergonha quando a vergonha seria adequada sentir por aquele que gera a fofoca. O fofoqueiro se expõe mais do que o alvo da fofoca. Com isso podemos perceber o interior do fofoqueiro: uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo, porque quem está de bem com a sua vida não tem sequer vontade de falar da vida de outros, quer apreciar as coisas boas da sua vida.

Como aquele antigo provérbio diz: Mente vazia, oficina do diabo. Não ter uma vida produtiva e ficar oscioso a tendência é olhar menos para si, ficar fermentando situações e maquinando coisas ruins. Se preenchemos nossa mente de coisas produtivas e procuramos fazer coisas que gostamos conseguimos pensar com mais equilibrio nos nossos próprios problemas e não temos tempo para pensar nos problemas dos outros. Ficar alienado assistindo televisão ou ficar na internet o dia todo não preenche a mente, na verdade, deixa ela cada vez mais vazia.

Não desejar o mal ou Invejar:

Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce. Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz” (Tiago 3:10-18).

Vejo muitas vezes evangélicos ao ver pessoas se “desviarem” ou “sairem da igreja”, julgando que tal pessoa não aceitou Jesus de verdade e que ela irá para o inferno. Primeira coisa: qual o poder que essas pessoas tem de julgar as outras?

Segunda coisa: Não deveriam os evangélicos desejar o bem das pessoas?

Muitas vezes esse desejar mal vem mascarado por uma inveja oculta, onde as pessoas pensam: Se ele não voltar por amor, irá voltar pela dor. Como pode estar dando tudo certo na vida daquele desviado e na minha que sou um seguidor fiel a Cristo dar tudo errado? Logo pensam: Pode estar dando tudo certo agora, mas eu sou filho de Deus, então o futuro vai ser amargo para ele e cheio de vitórias para mim. É melhor sofrer por Cristo.

Esse discurso carregado de sentimentos de justiça vemos a inveja muito claramente. O desejo de ver a vida do outro fracassar e ver essa pessoa voltar para igreja com “o rabo entre as pernas”, porque no fundo é isso que eles acreditam que acontece com todos que se desviam. Deus enviará um castigo muito ruim para pessoa se dar conta que precisa voltar para a igreja.

Porém não é nesse Deus que eu quero acreditar. Um Deus que me manipula como uma marionete. Um Deus que me castiga por errar. Errar é humano não é? Com os erros nós aprendemos e nunca deixaremos de errar.

Certa vez ouvi uma pessoa evangélica falando: Minha filha ficou doente porque ela blasfemou contra Deus. Eu disse para minha filha que Deus poderia ter ceifado a vida dela por ela ter feito isso.

Por acaso você mataria o seu filho por ele dizer que te odeia? Com certeza não faria isso, no mínimo procuraria entender o porque ele está sentindo isso. Vendo Deus como um ser superior que deve ser mais evoluido que nós e nossas concepções humanas de sentimentos, penso que é impossível Deus ser tão cruel porque se fosse não seria Deus.

Vejo com tudo isso que os princípios que aprendi muitos deles foram muito valiosos para mim porém outros foram distorcidos através dos ensinamentos que recebi na igreja. Não quero mais aprender coisas de Deus distorcidas por homens, quero apenas olhar para o que Jesus faria?

1 comentários:

Pri disse...

Concordo com tudo!!!!!!! sem por nem tirar! vc resumiu o que sempre senti por esse tema.